sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Violência contra os idosos 

                                                                                   Ana paula Volz

            A pós a realização do trabalho apresentado na aula de Introdução á Psicologia Juridica sobre o Estatuto Do Idoso. Resolvi dar continuidade, falando sobre alguns pontos relevantes, sobre a violência contra os idosos.
          
Não é mais novidade para ninguém que a sociedade brasileira vem passando por um acelerado processo de envelhecimento.O processo de envelhecimento traz consigo características como alteração no processo de memorização, dificuldade de aprendizagem, entre várias outras.
O prolongamento da vida fez surgirem dificuldades próprias do envelhecimento como o convívio com portadores das muitas doenças degenerativas que atingem os idosos. Assim, o idoso tem sua imagem associada à decadência, à perda de habilidades cognitivas e de controles físicos e emocionais, fundamentos importantes da autonomia dos sujeitos. Várias doenças crônicas colocam-nos em situação de dependência, demandando cuidados para os quais a família nem sempre está disponível.
Devido á esses fatores os idosos ficam expostos a violências e discriminação pelos próprios familiares e muitos outros membros da sociedade. Pois devido as suas limitações são vistos como “pesos” muitas vezes não suportáveis.
 Em meio a tantos problemas ocasionados pelo envelhecimento e suas conseqüências sobre a família, a sociedade e o estado procurou-se de alguma forma melhorar as condições de vida desses idosos através da implantação do Estatuto do Idoso.Além de reafirmar os direitos de cidadania, o estatuto do idoso apresenta a noção de discriminação positiva de forma a permitir o atendimento preferencial, imediato e individualizado do idoso em órgãos públicos e privados, preferência na realização de políticas públicas e destinação de recursos.
 Mas apesar disso pode-se perceber que só o estatuto ainda  não é o suficiente para acabar com a violência ao idoso, é preciso que os princípios que ele traz sejam mais  expandido e abordado, de forma a esclarecer e conscientizar a sociedade.
A lei é um instrumento sem dúvida muito útil para a prevenção e o combate à violência contra o idoso. Cabe, não só aos operadores e operadoras do direito a obrigação de fazer com que o Estatuto do Idoso seja enquadrado no primeiro tipo de norma. Cabe a toda a sociedade civil. A todos e a cada um dos brasileiros. Se não pelos nossos idosos de hoje, pelo menos pelos de amanhã – NÓS!!!


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Referencias:
- GARCIA, Aline; PASSOS, Aline; CAMPO, Anna Thereza; PINHEIRO, Elaine; BARROSO, Fellipe; COUTINHO, Gabriel; MESQUITA, Luiz Fernando; ALVES, Mariana; SHOLL-FRANCO, Alfred. A depressão e o processo de envelhecimento. Ciências e Cognição, v.07, p 111-121, ano 2006.

- Newman, BM e Newman, PR Teorias do Desenvolvimento Humano. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 2007.


FONSECA, M. M e H. S. GONÇALVES. Violência contra o Idoso: Suportes Legais
para a Intervenção. Interação em Psicologia, 2003, 7, p.121-128.

IBCCRIM. O Idoso em Risco. São Paulo: Núcleo de Estudos e Pesquisas do Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais, 2000.

http://www.soudapaz.org/?gclid=CIXyh6m35qwCFQ4j7Aod-Q3uKA acessado dia 02-12-11

3 comentários:

  1. Ana, muito interessante e instigante esse tema, percebemos a necessidade de atenção psicológica nesses casos com enfase principalmente aos cuidadores e responsáveis pela saúde do idoso.
    Luis Henrique Souza

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  2. A presente colega foi feliz de falar sobre este tema, ele retrata a realidade que muitos vão emfrentar no futuro, mas por medo ou preconceito evitamos de falar ou comentar com as pessoas que convivemos. Os valores mudaram, antes tinhamos como referencia os idosos pois eram pessoas sabias, experientes que nos davam uma orientação de vida. Hoje apesar de vivermos mais, nossas vidas são limitadas pela nossa idade produtiva, pois os valores mudaram e não garatem mais ao idoso uma referencia de vida, eles fazem parte do esquecimento dos mais jovens.
    Fabiane Schmitt Obregon

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  3. Olá Ana
    O trabalho sobre o Estatuto do Idoso que você, a Letícia e Dirlene apresentaram é um tema muito importante para a nossa sociedade e por isso deve ser tratado e questionado quantas vezes for necessário. Acredito que a nossa sociedade anda desvalorizando muito nossos idosos, sendo que foram eles que ajudaram a constituir a nossa cultura, os nossos valores e principalmente na evolução científica cedendo mao de obra por mais de 30 anos para depois quando esta deveria acolhe-los pelo esforço que fizeram simplesmente jogam-nos de lado como se nao precisassem existir ou como se fossem um excesso da sociedade.
    Mas eu acredito que para a sociedade valorizar, saber respeitar, ter responsabilidades com o idoso é necessário que isso inicie dentro da própria casa do idoso, ou seja, com a sua família, que as vezes é a primeira a maltratá-los pela sua incapacidade.
    Pessoalmente, tenho avós maravilhosos, os quais possuo carinho, respeito e um amor muito grande por cada um deles. E infelizmente na semana passada perdi uma de minhas avós, foi muito triste pra mim,pois ela sempre morou comigo, mas tenho a consciência de que até o último minuto eu e a minha família cuidamos muito bem dela e com todo o amor e carinho que ela merecia. E isso nao poderia ser diferente, ela merece por tudo que ela fez por nós também. Acredito que nas demais famílias isso não seja diferente, que existem idosos, que também ajudaram a constituir essa familia com maior esforço e dedicação e acabo ficando triste ao saber que estas famílias que deveriam ser gratas acabam nao dando o devido valor.
    E é a partir de pensamentos e questionamentos como este que, ainda bem, foram criados órgãos competentes para a protecção e garantia dos direitos dos idosos. E tambem é nosso dever ajudá-los e intervir quando estao fazendo algo de errado com nossos idosos.
    Bom, até mais
    Abraços
    Tayná Cabral

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