sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


Psicologia  Militar




Tayná Cabral de Oliveira
A história da psicologia militar é particularmente rica e interessante. Embora a história militar remonte um passado de milhares de anos atrás, a psicologia militar não tem mais do que um século.
Mesmo que a psicologia formal seja recente na vida militar, os conceitos psicológicos operacionais, clínicos e organizacionais estão indissociavelmente entrelaçados ao desenvolvimento histórico da guerra. Pro exemplo, a seleção de indivíduos para serviço militar e especialidades tem sido alvo de preocupações desde 1800, o que ajudou no desenvolvimento de muitos testes de inteligência e aptidão.
Períodos de guerra como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial geraram um grande desenvolvimento da psicologia tanto em quanto ao seu desenvolvimento cientifico quanto de experiência profissional pois psicólogos da época tiveram que atuara em vários setores.
A psicologia clínica militar começou na Segunda Guerra, quando os primeiros psicólogos foram designados para os hospitais sendo que estes proveram atendimentos individuais e de grupo.
Assim, a história da psicologia militar, embora curta, é abrangente e está em curso. O campo da psicologia não tem apenas tido um impacto extraordinário na atividade militar, o desenvolvimento que resultou de várias guerras e necessidades militares afetou diretamente a prática da psicologia em toda a nação.
Os psicólogos clínicos militares são empregados por todo o mundo, em unidades de saúde mental, em clínicas de atendimento primário, em navios, em salas de aula, em unidades contra fadiga e combate, zonas de conflito e desastres.
            Os psicólogos militares avaliam e tratam recrutas e membros das Forças Armadas de todos os postos, seus filhos, esposas e dependentes, pessoal da reserva. Porem o psicólogo militar deve ser preparado para fazer qualquer trabalho, em qualquer lugar, com qualquer paciente, fazendo da psicologia clinica militar uma das mais desafiantes e variadas profissões no campo de saúde mental.
            O psicólogo militar deve ter um sólido alicerce de aplicações cientificas e teóricas da psicologia clinica. Espera-se que cada um destes profissionais desempenhe uma grande variedade de tarefas de forma competente, trate o conjunto das desordens psicológicas, determine a capacidade e a adequação de qualquer militar para prosseguir no serviço ativo, ocupe cargos de chefia e constitua-se em consultor a oficiais e comandantes. A profissão é dual, ao mesmo tempo um especialista e um oficial militar.
Uma das primeiras lições aprendidas na entrada do serviço militar é que ele primeiro é um oficial, depois um elemento de saúde. E isso acaba tornando evidente que na tomada de decisão clinica prevalece o ambiente militar, as posições de liderança e responsabilidades operacionais. Assim a decisão clínica é tomada dentro do contexto das exigências militares.
Os fatores confidencialidade e privacidade também são desafios para o meio militar. Os psicólogos devem estar bem informados dos princípios éticos em vigor e devem ser capazes de aplicá-los dentro do contexto da disciplina militar, de leis federais, estaduais. Os limites da confidencialidade são baseados em princípios éticos complexos, que na maioria dos casos, vêem os interesses do individuo como contrários aos do grupo. Embora os comandantes tenham o direito de saber onde estão os seus subordinados, maior parte dos fatores apresentados, como conflitos conjugais, insatisfação profissional, depressão e ansiedade, ficam na esfera confidencial, entre paciente e o psicoterapeuta. Inclui como obrigatório, no meio militar, o relato de ameaça de dano a si próprio ou a outros, abuso infantil, abuso da esposa, qualquer comportamento ilegal ou criminoso e a incapacidade para o serviço. Quando a avaliação é solicitada por um comandante, o paciente deve ser informado que será feito um relatório, porem este relato se limita apenas as questões de desempenho de função.


Referenciais Bibliográficos:
 KENNEDY, Carrie H.; ZILLMER, Eric A. Psicologia Militar: aplicações clínicas e operacionais. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2009.

5 comentários:

  1. Tay, adorei teu texto, é a tua cara e a cara da cidade onde vivemos!!
    Mas o que me chamou atenção, é que nunca tinha parado para pensar na importância e responsabilidade que um psicólogo poderia representar dentro das Forças Armadas, no convívio com situações tão delicadas. Lerei mais sobre o assunto!
    BJos, Letícia

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  2. Olá Tayná
    Gostei muito de ler sobre este assunto, principalmente por ser uma área que é pouco falada, e eu particularmente não sabia quase nada. Apesar de ser de extrema importância e ter partido dai a criação de alguns testes, infelizmente ela ainda é pouco conhecida. Achei muito importante teu post para conhecer mais sobre esta área.
    Parabéns pelo trabalho.
    beijos Maiara

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  3. Olá Tayná
    Achei muito relevante este seu assunto e embora não seja muito comentado a psicologia em meio militar é muito importante, principalmente na Brigada Militar.
    Sabemos que esta profissão implica riscos e muitas situações conflituosas, portanto este sujeito necessita de apoio psicológico, pois afinal de contas a sua profissão implica na segurança da sociedade e se não estiver em condições de exercer, pode trazer consequências desastrosas.
    Bjos...
    Att,
    Dirlene Sauzem

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  4. Olá meninas
    Realmente esta tema é bem relevante. Ao pesquisar sobre a Psicologia Jurídica vi que a Psicologia Militar é uma de suas áreas de atuação. E quando começei a pesquisar sobre vi que nao tinha muitos estudos realizados e talvez seja uma área para nós estudantes desenvolver um estudo mais aprofundado, já que até então na faculdade quase nem ouvimos falar.
    Quase até desisti de falar sobre este tema. Mas aprofundando a minha leitura achei bem interessante e até diferente ser psicólogo militar. Estava pensando em fazer concurso até....(kkkkkkkkk)
    Também concordo quando a Dirlene diz que a profissao militar necessita de um apoio especial pela situaçoes de e conflituosas que passam. Se nós psicólogos temos que relaizar terapia junto com o trabalho que fazemos para nao acabar colocando os nossos problemas no trabalho. O policial militar também seria necessário para não acabar levando as situações ruins que a profissão acaba proporcionando pra a sua casa e sua familia. Dentro dos ambientes militares é muito comum ouvir falar de militares com alguns tipo de patologia ou vício e deve ser dada mais atenção.
    Abraços
    Tay

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  5. Caraca amei... procurei MT sobre psicologia militar e não achei oque achei aqui quase todas as informações precisas ❤❤❤❤

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